FIGURA 1. COMPARAÇÃO ENTRE OSSO NORMAL E OSSO OSTEOPORÓTICO.
O osso, além de promover sustentação ao nosso organismo, é a fonte de cálcio, necessária para a execução de diversas funções como os batimentos cardíacos e a força muscular. É uma estrutura viva que está sendo sempre renovada. Essa remodelação acontece diariamente em todo o esqueleto, durante a vida inteira. A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela diminuição de massa óssea, com o desenvolvimento de ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, tornando-os mais sujeitos a fraturas.
A fratura da coluna vertebral é qualquer fratura envolvendo os ossos (vértebras) que compõem a sua coluna. Fraturas vertebrais podem causar dor nas costas intensas, o que pode tornar difícil para você ficar de pé, andar, sentar ou levantar objetos.
Fraturas da coluna, muitas vezes, são também referidas como fraturas por compressão vertebral. Quando o osso vertebral fica enfraquecido, pode quebrar facilmente de uma forma que faz com que ele entre em colapso e haja uma diminuição na sua altura. A maneira mais eficaz de prevenir fraturas por compressão vertebral é prevenir e tratar a osteoporose, principalmente na mulher acima de 50 anos de idade, que compõe o grupo de maior risco para fraturas osteoporóticas.
Os principais fatores de risco são:
- idade acima de 50 anos
- sexo feminino
- menopausa
- história familiar de osteoporose
- baixo peso corporal
- história prévia de fratura
- baixos níveis de cálcio e vitamina D
- Sedentarismo
- tabagismo
- falta de exposição ao sol
- uso crônico de corticóides
Sintomas
Embora muitas pessoas relatem algum tipo de dor nas costas, apenas um terço das fraturas de coluna realmente causam sintomas dolorosos. Isso faz com que o diagnóstico precoce de fraturas osteoporóticas na coluna seja extremamente difícil. Quando ocorrem na coluna lombar, estão associadas a maior dor e perda funcional.
Desta forma, deve-se ficar alerta ao apresentar uma dor súbita e intensa, agravada pela movimentação e, principalmente, quando acompanhada de alguma deformidade na coluna
Diagnóstico e tratamento
FIGURA 2. DENSITOMETRIA ÓSSEA DEMONSTRANDO OSTEOPENIA.
O diagnóstico de osteoporose é feito a partir de uma densitometria óssea, exame que vai mensurar o percentual de cálcio nos ossos e comparar com pacientes da mesma faixa etária, para checar se seus índices estão dentro da normalidade ou abaixo (osteopenia e osteoporose).
A fratura vertebral é diagnóstica por um Rx, tomografia ou ressonância magnética. A partir daí, seu médico irá determinar a localização e a gravidade da fratura. Dependendo destes dois parâmetros e da existência ou não de lesão neurológica, ele irá optar por um tratamento conservador ou cirúrgico.
O tratamento conservador é o indicado, na maioria das vezes, e realizado com o uso de coletes para a estabilização da coluna, associado a medicamentos para o tratamento da dor. Quando há uma deformidade importante ou déficit neurológico, pode estar indicado o tratamento cirúrgico. Os procedimentos minimamente invasivos, para preencher o osso "oco" com a injeção de cimento (vertebroplastia), são muito bem indicados, nos casos sem lesão neurológica. Na presença de deformidades importantes e/ou déficit neurológico, o tratamento cirúrgico aberto, deve ser considerado.
FIGURA 3. ESQUEMA DE VERTEBROPLASTIA (CIMENTAÇÃO DA VÉRTEBRA).