HÉRNIA DE DISCO LOMBAR


A hérnia de disco é uma condição relativamente comum e pode ocorrer em toda a coluna, porém os locais mais comuns são a coluna lombar e cervical devido a maior mobilidade nessas regiões. Quando nos referimos ao termo "hérnia de disco", queremos dizer que a estrutura responsável por ser um "amortecedor" entre as vértebras, saiu do seu lugar habitual. Esse deslocamento do disco pode comprimir os nervos da coluna e causar dor.

A hérnia de disco se forma quando ocorre uma ruptura na "capa" do disco. Essa "capa" é chamada de ânulo fibroso, sendo formado por várias fibras. Quando isto ocorre, o conteúdo (núcleo pulposo) costuma extravasar semelhante a um gel. O canal por onde passam os nervos na coluna (canal vertebral) tem espaço limitado para o conteúdo líquido e nervos. Portanto, quando o disco começa a ocupar esse espaço limitado, normalmente há compressão neurológica e dor.

                 

FIGURA 1. EVOLUÇÃO DO PROCESSO DEGENERATIVO DISCAL, COM RUPTURA DO ÂNULO FIBROSO E EXTRAVASAMENTO DE NÚCLEO PULPOSO.

Todos nós iremos apresentar algum"desgaste" ou degeneração do disco ao longo dos anos. Esse processo geralmente se inicia no final da segunda década de vida e progride lentamente. A medida que o disco degenera, ele "desidrata", causando fragilidade na sua estrutura e maior suscetibilidade a ruptura e herniadoExistem alguns fatores de risco que podem acelerar esse processo como: movimentos repetitivos de flexão/torção da coluna vertebral, levantamento de pesos de forma incorreta, traumatismos na coluna, obesidade, tabagismo e genética.

 

Sintomas

























FIGURA 2. FIGURA MOSTRANDO A SUPRIMENTO NERVOSO DAS DIVERSAS REGIÕES DO CORPO.

A dor causada por uma hérnia de disco pode variar muito em intensidade e localização. Na maioria dos casos, ela é sentida em apenas um lado do corpo, seguindo um trajeto específico, de acordo com o nervo que ela comprime. 

 

 

Se houve lesão do disco, porém sem herniação ou deslocamento significativo, a dor costuma ficar limitada a região do disco. Como exemplo comum, temos a ruptura ou fissura do ângulo fibroso (a capa do disco).

Nos casos em que a hérnia de disco efetivamente toca ou comprime as estruturas nervosas, geralmente o sintomas de dor, dormência, cãimbra ou formigamento se inicia na coluna e se estende até desde a região inervada pela raiz nervosa acometida, dos membros superiores ou inferiores.

  









Diagnóstico



FIGURA 3. ILUSTRAÇÃO MOSTRANDO UMA HÉRNIA DISCAL LOMBAR COMPRIMINDO A RAIZ.

FIGURA 4. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA, COM EXTRUSÃO DISCAL IMPORTANTE AO NÍVEL DE L4-L5.

A história clínica e o exame físico são fundamentais no diagnóstico da hérnia de disco. O relato clássico de dor na coluna com irradiação para um braço ou uma perna associado a alguma alteração de sensibilidade ou alteração motora sugere fortemente o diagnóstico. É claro que existem muitos diagnósticos diferenciais que devem ser excluídos, daí aimportância da avaliação médica. 

Para auxiliar o diagnóstico, o principal exame complementar é a ressonância nuclear magnética. Ao analisar as imagens,  observaremos um ou mais discos escurecidos (desidratados) formando saliências de um material gelatinoso e escuro para trás na direção do saco dural e suas raízes nervosas.







Tratamento

Cerca de 80-90% dos casos de hérnia de disco melhoram e, efetivamente, resolvem-se com o tratamento clínico/conservador. Esse tratamento sempre deve ser indicado por um médico, na ausência de déficit neurológico. Nos primeiros dias de tratamento, o controle da dor é a prioridade, é aconselhável um repouso relativo, medicamentos analgésicos, antiinflamatórios, fisioterapia analgésica e acupuntura  Nesse momento, a prática de exercícios de fortalecimento e alongamentos deve ser suspensa até a melhora dos sintomas agudos. Atividades esportivas também devem ser suspensas.

Após a fase aguda e a melhora do processo doloroso e inflamatório, é fundamental a reabilitação da musculatura da coluna vertebral, abdômen e membros. Aqui, entram técnicas de fortalecimento muscular, alongamentos e estabilização postural, pois, muitos casos estão relacionados a vícios posturaisA prática regular de exercícios também é muito importante para evitar ou retardar novas crises  no futuro. Os exercícios mais indicados são os de menor impacto possível, como natação, hidroginástica e a progressão para atividades de maior impacto como corrida, depende da tolerância do paciente.

Cerca de 10-20% dos pacientes com hérnia de disco, mesmo quando realizado um tratamento clínico adequado por até 12 semanas, persistem com os sintomas dolorosos ou eventualmente apresentam sinais neurológicos associados e progressivos. Nesses casos, pode estar indicado o tratamento cirúrgico. Existem vários tipos de tratamentos cirúrgicos para a hérnia de disco e cada caso deve ser individualizado, daí a importância de passar em avaliação com um especialista em coluna.  

Microdiscetomia   

          É o método padrão ouro (mais recomendado) de retirada da hérnia de disco. Nele, após uma incisão na pele de cerca de três centímetros, faz-se uma laminotomia (serra uma pequena porção de osso, onde os nervos ficam) e, então, é retirada apenas a lesão que está comprimindo a raiz, preservando o restante do disco. Tem a vantagem de ser uma cirurgia mais rápida, sem a necessidade de colocação de implantes, desta forma preservando a mobilidade da coluna do paciente. Isso faz com que o paciente tenha uma recuperação mais rápida no pós-operatório, além possuir índices baixos de infecção pós-operatória. 

                    

FIGURA 5. ILUSTRAÇÃO DE DISCECTOMIA

Discectomia + artrodese de coluna

É a técnica que é bem empregada para retirada de hérnia em localizações mais difíceis, muito grandes ou em algumas reoperações. Neste tipo de procedimento, faz-se a retirada de uma parte maior de osso, deixando a coluna sem estabilidade, dessa forma, torna-se necessária a colocação de implantes (parafusos) para compensar esta instabilidade programada. Algumas vezes, o disco está tão comprometido que o cirurgião opta por substituí-lo parcialmente, colocando um dispositivo para preencher o local onde, antes havia disco (cage).


FIGURA 6. ARTRODESE DE COLUNA COM CAGE INTERSOMÁTICO ( DISPOSITIVO QUE SUBSTITUI O DISCO).






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Érica Dantas
Agradeço muito ao Dr. Pedro e toda sua equipe, pela confiança e segurança que me foi passada. Admito, que tinha medo qdo se falava em cirurgia de colu...
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